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Canabinoides no tratamento do Glaucoma




Sendo a segunda maior causa de cegueira, o glaucoma é uma doença ocular, progressiva e degenerativa, que afeta o nervo óptico. Esse nervo conecta o olho ao cérebro e tem a função de transmitir impulsos visuais. Existem três tipos de glaucoma:


  • Glaucoma de ângulo aberto: é o tipo mais comum, em que há uma obstrução gradual do sistema de drenagem dos olhos. Não costuma apresentar sintomas até que se perceba uma perda da visão.

  • Glaucoma de ângulo fechado: caracterizado por um movimento da íris que bloqueia o fluxo de líquidos, aumentando a pressão ocular. Esse tipo apresenta sintomas como dores nos olhos, náuseas e visão embaçada.

  • Glaucoma secundário: esse tipo aparece como resultado de outra condição médica como uma inflamação ou lesão ocular e até por uso de alguns medicamentos específicos.


Os fatores mais comuns para o surgimento da doença são: idade avançada, espessura da córnea, diabetes, miopia, hipertensão e pré-disposição genética. Apesar de a maioria dos casos não apresentarem sintomas, alguns sinais podem apontar o surgimento da doença: visão em túnel (perda da visão periférica, dificuldade de ver objetos ao redor da visão); dores oculares, visão embaçada e, em alguns casos, ver arco de luz ao redor das luzes.


Para diagnosticar o glaucoma, é possível realizar o teste de pressão intraocular, o exame de campo visual, a tomografia de coerência óptica para ver detalhes do nervo óptico e o exame de retina.


Pela Associação Mundial do Glaucoma, estima-se que cerca de 80 milhões de pessoas no mundo apresentem glaucoma. É importante realizar periodicamente exames como o de retina e o de campo visual para identificação precoce da doença e ter mais chances de tratamento, já que é uma doença degenerativa. E para aqueles que apresentam hipertensão e diabetes, manter essas condições sob controle são fundamentais para a prevenção do glaucoma.


Apesar de existirem tratamentos convencionais, baixar a pressão intraocular ainda é um desafio. O estudo de Miller, et al., publicado na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science, testou o uso do canabinoide THC (tetrahidrocanabinol) em camundongos para baixar a pressão intraocular. Uma única dose de THC foi capaz de baixar em 28% a pressão intraocular por 8 horas em camundongos machos. Esse efeito se deu pela ativação combinada dos receptores CB1 e GPR18, presentes no nosso Sistema Endocanabinóide. Foi observado também que o canabinoide CBD (canabidiol) tem o efeito inverso e impede que o THC baixe essa pressão. O CBD pode cauda midríase, que é a dilatação da pupila. Em pacientes com câmara anterior mais estreita, pode acarretar em aumento da pressão intraocular. Portanto, nesses casos é indicado o uso do THC isolado, sem presença do CBD.


Além do THC, outros canabinoides têm mostrado potencial para o tratamento do glaucoma. Uma empresa canadense está realizando estudos pré-clínicos e clínicos que já indicam que o CBN (canabinol) é capaz de reduzir a pressão intraocular e também exercer neuroproteção nas células da retina. A vantagem é que o CBN não é psicoativo, sendo assim melhor tolerado pelos pacientes.


Assim como o CBN, o canabinoide CBG (canabigerol), atua modulando a dor e a inflamação, reduzindo a pressão intraocular e oferecendo neuroproteção. Portanto, esses canabinoides ajudam a controlar a progressão da doença.


Se você apresenta essa condição, podemos indicar um oftalmologista prescritor de Cannabis medicinal para que inicie o tratamento com canabinoides. Nos mande uma mensagem pelo Instagram (@herbalwisebrasil) ou pelo Whatsapp (19991919177).


Referências


Miller, et al. Δ9-Tetrahydrocannabinol and Cannabidiol Differentially Regulate Intraocular Pressure. Investigative Ophthalmology & Visual Science, v. 59(15), p. 5904-5911, 2018.


Tomida, et al. Cannabinoids and Glaucoma. British Journal of Ophthalmology, v. 88(5), p. 708-713, 2004.


Colasanti, et al. Intraocular pressure, ocular toxicity and neurotoxicity after administration of cannabinol or cannabigerol. Experimental Eye Research, v. 39, p. 251–259, 1984.


 
 
 

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